Uma denúncia envolvendo o supermercado Atakarejo tem mobilizado protetores de animais e internautas em Salvador. A idosa Ângela Gomes, conhecida por seu trabalho voluntário à frente do abrigo Agapa, que acolhe mais de 380 cães e 25 gatos, foi impedida de recolher papelão nas unidades da rede em Cajazeiras 10 e São Cristóvão. O material seria utilizado para garantir higiene e conforto aos animais.
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Papelão: item essencial para o cuidado dos animais
O papelão, que seria descartado pelo supermercado, tem papel fundamental no dia a dia do abrigo. Ele é usado para forrar gaiolas, aquecer cães contra o frio e manter o isolamento de gatos em tratamento de esporotricose, doença grave que exige cuidados especiais.
Justificativa contestada
Mesmo identificada com a camisa do abrigo, Dona Ângela foi barrada sob a alegação de que o papelão seria utilizado pela empresa para “pagar a energia elétrica”. A justificativa, considerada incoerente, gerou críticas e levantou questionamentos sobre a postura da rede de supermercados.
Outros casos relatados
A denúncia de Dona Ângela não é isolada. Outra idosa protetora do bairro de Pernambués afirmou ao portal A Teia que também foi impedida de recolher papelão na unidade local do Atakarejo e orientada a realizar compras para ter acesso ao material. Em outro episódio, uma consumidora relatou ter suas compras arremessadas por uma funcionária, sendo necessária a intervenção do gerente da loja.
Já a Rádio Sociedade noticiou o caso de Laura Nascimento, de 19 anos, que denunciou uma abordagem hostil na unidade de São Caetano. Segundo a jovem, três seguranças a acusaram de furto e revistaram sua bolsa sem qualquer prova, deixando-a traumatizada. Nada foi encontrado, e Laura destacou que o episódio reflete práticas de racismo estrutural no comércio.
História de dedicação
Sem apoio governamental, a protetora mantém o abrigo apenas com doações e com a própria dedicação. Ao longo de mais de duas décadas, ela já salvou milhares de animais abandonados em situação de risco.
Repercussão nas redes sociais
Nas redes sociais, a atitude do Atakarejo vem sendo classificada como “mesquinha” e “desumana”. Internautas reforçam que, diante da vulnerabilidade dos animais, a negativa da empresa evidencia falta de sensibilidade social e responsabilidade comunitária.
Direito à resposta
O Portal A Teia procurou o Atakarejo para saber o seu posicionamento em relação às denúncias, mas até o fechamento dessa matéria, não obteve resposta. Vale ressaltar que o veículo de notícia está aberto aos debates e aguarda o posicionamento da rede de supermercados.
Com informações do Portal Fofoca Cajazeiras – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal