O Ministério da Saúde inicia, em outubro, a distribuição do implante subdérmico contraceptivo Implanon pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira remessa conta com mais de 100 mil unidades do dispositivo e 100 kits de treinamento para os profissionais que farão a inserção.
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O método, considerado de longa duração e alta eficácia, pode prevenir a gravidez não planejada por até três anos. A expectativa do governo é disponibilizar 1,8 milhão de implantes até 2026, sendo 500 mil ainda neste ano. O investimento chega a R$ 224 milhões.
Quem terá prioridade
A distribuição começa em outubro nos estados e no Distrito Federal. Segundo o Ministério da Saúde, terão prioridade as regiões com maior vulnerabilidade social e índices elevados de gravidez na adolescência.
Treinamento de profissionais
Junto com os implantes, serão entregues kits de treinamento para capacitar profissionais da Atenção Primária à Saúde. Entre outubro e dezembro, oficinas de qualificação serão realizadas em todos os estados e no DF. Também participarão gestores municipais e estaduais, para discutir a implementação do método em cada território.
Como funciona o Implanon
O implante é colocado sob a pele do braço e libera hormônio continuamente, impedindo a ovulação. Ele pode permanecer no organismo por até três anos sem necessidade de manutenção. Após a retirada, a fertilidade retorna rapidamente.
No SUS, até então, apenas o DIU de cobre era classificado como método reversível de longa duração. Além dele, o sistema oferece preservativos, anticoncepcionais orais e injetáveis, laqueadura e vasectomia. Vale lembrar que apenas os preservativos protegem contra infecções sexualmente transmissíveis.
Como conseguir
Para ter acesso ao Implanon, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde (UBS). A oferta dependerá do cronograma de distribuição e da capacitação dos profissionais em cada cidade.
Decisão recente
A inclusão do Implanon no SUS foi aprovada em julho de 2025 pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias). Desde então, o Ministério da Saúde atua na compra, distribuição e atualização das diretrizes clínicas.
Foto: Divulgação