A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) investiga uma grave denúncia sobre uma tentativa de envenenamento contra duas professoras da rede estadual. O caso ocorreu no Colégio Estadual Professor Edson Carneiro, localizado no bairro de São Caetano, em Salvador, e envolve quatro estudantes de apenas 12 anos.
O plano dos alunos e a ação do vice-diretor
De acordo com relatos, os estudantes teriam planejado colocar chumbinho em doces que seriam entregues a duas professoras, uma de inglês e outra de matemática, com o objetivo de evitar a recuperação nas disciplinas.
O plano, no entanto, foi descoberto a tempo. O vice-diretor da escola ouviu os alunos comentando sobre o ato, chamou-os para conversar e obteve a confissão.
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Diante da gravidade da situação, as aulas do dia foram imediatamente suspensas, e as docentes registraram boletim de ocorrência na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), unidade especializada da Polícia Civil da Bahia.
“Chocante pela idade dos envolvidos”, diz funcionária
Em denúncia anônima feita à imprensa, uma funcionária da escola relatou o choque ao se deparar com o caso.
“Fomos para a delegacia. Chegamos lá quase meio-dia e saímos por volta das três da tarde. A delegada ficou estarrecida — não apenas pela tentativa de envenenamento, mas pela idade dos alunos. Doze anos, todos os quatro. Três meninas e um menino”, afirmou.
Polícia e Secretaria da Educação investigam o caso
Em nota enviada à imprensa, a Polícia Civil da Bahia informou que oitivas e diligências estão em andamento, e que laudos periciais estão sendo aguardados para esclarecer os fatos.
“A Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) investiga uma denúncia de tentativa de envenenamento contra dois professores em um estabelecimento escolar no bairro São Caetano, na sexta-feira (31). De acordo com a ocorrência, quatro adolescentes planejavam entregar doces possivelmente envenenados aos docentes”, diz trecho da nota.
A Secretaria da Educação da Bahia (SEC) reforçou, por sua vez, o compromisso com o bem-estar e a segurança de professores, funcionários e estudantes, reiterando que a direção da escola mantém diálogo constante com as famílias e suporte psicológico à comunidade.
Segurança e prevenção no ambiente escolar
O caso reacende o debate sobre segurança nas escolas da Bahia e o papel das famílias e instituições na formação emocional e ética dos estudantes. Especialistas apontam que o acompanhamento psicológico contínuo e o fortalecimento de vínculos entre escola e comunidade são fundamentais para evitar episódios semelhantes.
A Secretaria da Educação informou ainda que continua acompanhando de perto as investigações e que novas medidas de prevenção e conscientização serão reforçadas na rede estadual.
Enquanto os laudos da perícia são aguardados, os alunos envolvidos seguem sob acompanhamento das famílias e das equipes de saúde escolar. A SEC e a DAI ainda não divulgaram prazos para a conclusão do inquérito.
Com Informações do G1 Bahia e do Bahia.BA


