O Brasil registrou um aumento expressivo de casos de dengue neste ano. Até 7 de outubro, o país acumulou cerca de 6,5 milhões de casos prováveis, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, refletindo um coeficiente de incidência de 3.221,7 casos por 100 mil habitantes — muito acima do limiar de 300 por 100 mil estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como indicador epidêmico.
Durante esse período, a dengue foi responsável por 5.536 mortes confirmadas, com outros 1.591 óbitos ainda em investigação. Em comparação, no mesmo período de 2023, o Brasil registrou 1,3 milhão de casos prováveis e 1.179 mortes, evidenciando um aumento de 400% em 2024.
O que é a dengue e por que ela é perigosa?
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, comum em regiões tropicais e subtropicais, como o Brasil. Os sintomas vão de febre alta e dor muscular a casos graves que podem levar ao choque e até ao óbito. O Brasil registrou aumento de casos no início de 2024, com a piora associada a mudanças climáticas e à falta de controle de focos do mosquito.
Sintomas
Os sintomas da dengue variam de leves a graves e incluem febre alta, dor muscular e nas articulações, dor atrás dos olhos, dores de cabeça intensas, além de manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves, pode ocorrer sangramento das gengivas, náuseas e vômitos persistentes, dor abdominal severa e dificuldade para respirar, indicando o risco de evolução para a dengue hemorrágica, que pode ser fatal.
Diante de suspeitas, é essencial buscar assistência médica imediata, pois o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são cruciais para evitar complicações. A automedicação é perigosa, principalmente com analgésicos que podem agravar o quadro hemorrágico, e somente um profissional pode orientar o tratamento seguro e necessário.
Prevenção e dicas de proteção
A principal estratégia contra a dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Confira algumas dicas para minimizar riscos em casa, no trabalho e em espaços com plantas:
Evite acúmulo de água parada
Em residências e escritórios: verifique áreas propensas ao acúmulo de água, como pratos de plantas, calhas, ralos e recipientes. Esvazie-os regularmente e mantenha limpos.
Para quem tem plantas em casa ou no escritório: troque a água de vasos e pratos de plantas com frequência. Coloque areia grossa nos pratos para impedir o acúmulo de água.
Manutenção e limpeza
Calhas e ralos: limpe com frequência para evitar entupimentos e acúmulo de água.
Piscinas e fontes: mantenha piscinas cobertas ou cloradas, e verifique se fontes de água estão sempre em movimento para evitar a reprodução do mosquito.
Telas e repelentes
Ambientes fechados: instale telas de proteção em janelas e portas para impedir a entrada do mosquito.
Repelentes: use repelentes no corpo, especialmente em áreas de risco e ao redor de plantas que retêm mais umidade.
Cuidados específicos para plantas
Evite usar pratinhos com água: substitua-os por pratos secos ou que tenham areia.
Vasos e plantas em áreas externas: opte por plantas que não acumulam água, como suculentas, ou que estejam em vasos com furos para drenagem.
Papel da comunidade no combate à dengue
Além das medidas individuais, combater a dengue exige um esforço coletivo. A atuação conjunta entre comunidade e órgãos públicos é essencial para um controle eficaz. Conscientização, mobilização e o uso de insumos como larvicidas e adulticidas ajudam a frear a disseminação do mosquito, garantindo mais segurança à população.
Com informações do Ministério da Saúde