Celebrada na primeira sexta-feira de agosto, o Dia Internacional da Cerveja é um brinde à cultura, ao convívio social e à arte milenar de produzir uma das bebidas alcoólicas mais antigas da história. No entanto, por trás da espuma e da popularidade, existem efeitos colaterais que merecem atenção, especialmente no Brasil, onde o consumo excessivo ainda representa um grave problema de saúde pública.

Fique informado clicando aqui!

Neste especial, vamos abordar como a cerveja é feita, seus possíveis benefícios à saúde, os impactos do álcool no organismo, os principais riscos do consumo exagerado e os cuidados indispensáveis em situações como gravidez e direção. Confira a seguir os principais pontos.

Como a cerveja é produzida?

A cerveja é feita a partir da fermentação de grãos de cereais, como cevada e trigo, que passam por processos de maltagem, fervura e maturação. O teor alcoólico varia de 4% a 6%, podendo chegar a até 40% em versões mais fortes. Rica em vitaminas do complexo B e minerais como silício e potássio, a cerveja tem baixo teor calórico, embora contenha açúcar e glúten, o que pode representar riscos para diabéticos e pessoas com intolerâncias alimentares.

Benefícios da cerveja (com moderação)

Embora a ingestão excessiva seja contraindicada por médicos e especialistas, o consumo moderado pode trazer alguns benefícios, como:

  • Redução de riscos cardiovasculares: estudos apontam que o consumo leve pode melhorar a saúde do coração quando aliado a uma alimentação equilibrada.
  • Ação antioxidante: ajuda na prevenção de doenças como AVC e alguns tipos de câncer.
  • Fortalecimento ósseo: o silício da cevada pode colaborar na densidade óssea, especialmente em mulheres na menopausa.
  • Redução do estresse: a presença de antioxidantes favorece o relaxamento.
  • Prevenção de demência: o consumo leve pode estar relacionado à menor incidência de demência, embora o oposto ocorra em casos de abuso.

Importante: esses possíveis benefícios ainda estão sob estudo e não justificam o consumo regular da bebida como alternativa terapêutica.

Efeitos do álcool no corpo

O álcool é rapidamente absorvido pelo estômago e distribuído pela corrente sanguínea, afetando cérebro, fígado, rins, coração e estômago. Seu metabolismo depende de fatores como peso, alimentação e quantidade ingerida. Não existem métodos eficazes para acelerar a eliminação do álcool do corpo.

Riscos do consumo excessivo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3 milhões de mortes por ano no mundo estão relacionadas ao uso do álcool — 13,5% entre pessoas de 20 a 39 anos. Os principais riscos incluem:

  • Dependência alcoólica e transtornos mentais
  • Doenças crônicas como cirrose, hepatite alcoólica e câncer
  • Complicações neurológicas e cardiovasculares
  • Riscos à integridade física e social
  • Aumento de peso e surgimento da chamada “barriga de chope”

Ressaca e seus efeitos

Tontura, náusea, dor de cabeça, palpitação e desidratação são sintomas comuns entre 12h e 24h após o consumo. Para amenizá-los, recomenda-se hidratação, alimentação adequada e moderação.

Cerveja e situações de risco

Alguns contextos exigem atenção redobrada:

Bebida e direção

Combinação perigosa e ilegal, o álcool reduz reflexos e atenção, aumentando o risco de acidentes fatais.

Gravidez e álcool

Não há níveis seguros para gestantes. A ingestão pode afetar a formação do feto, provocando retardo mental, malformações e distúrbios neurológicos.

A cerveja pode ser apreciada como parte de encontros sociais, momentos de lazer e celebrações culturais. Porém, é essencial compreender que nem todo gole é inofensivo. O consumo responsável é a chave para evitar doenças e garantir que o brinde não termine em tragédia.