No esquema do Golpe do Pix, o criminoso realiza uma transferência à sua conta e, em seguida, entra em contato pedindo devolução do valor sob o pretexto de um erro. Ao tentar agir de boa-fé, o destinatário transfere o valor, mas o criminoso aciona o MED (Mecanismo Especial de Devolução (MED), que bloqueia o montante original e faz com que o sistema identifique você como suspeito de fraude.
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Por isso, desconfie de qualquer pedido de devolução via Pix feito por remetentes desconhecidos. Além disso, nunca devolva valores por meio alternativo: utilize somente os canais oficiais indicados pelo seu banco no aplicativo. A seguir, entenda como o Golpe do Pix Errado funciona e o que fazer para escapar dessa armadilha.
O que é e como funciona o Golpe do Pix Errado
A fraude tem início quando o criminoso faz uma transferência via Pix para a conta da vítima geralmente um valor pequeno, sem relação comercial aparente. Logo em seguida, ele entra em contato alegando engano e solicita a devolução imediata. Até aqui, tudo parece plausível.
O perigo surge quando, em vez de usar a opção de devolução dentro do app bancário, a vítima transfere o valor para uma nova chave Pix indicada pelo criminoso. Depois, o próprio golpista aciona o MED, alegando que foi enganado. O banco da vítima recebe a solicitação, identifica movimentações suspeitas e pode bloquear ou retirar o valor da conta da pessoa que, na verdade, foi enganada.
Nesse cenário, a vítima que atendeu ao pedido de devolução passa a ser tratada como autora da fraude, enquanto o criminoso fica com o valor original e ainda o valor devolvido. Um duplo prejuízo que deixa a pessoa desamparada sem alerta prévio.
Fui vítima: o que fazer?
Se você foi alvo do Golpe do Pix Errado, a primeira ação é: não devolva o valor imediatamente, mesmo se o remetente insistir ou parecer convincente. Em vez disso, entre em contato com seu banco o quanto antes, informe o ocorrido e solicite orientação oficial. Além disso, corte o contato com o golpista e não forneça dados pessoais.
Se for necessária a devolução, use exclusivamente o recurso de devolução do Pix dentro do seu aplicativo bancário, esse é o meio seguro, rastreável, e que evita que você seja responsabilizado por movimentações suspeitas.
Por fim, registre um boletim de ocorrência (B.O.) para formalizar a situação e proteger seus direitos. Guarde todas as evidências: comprovantes da transação, prints de conversa, dados do remetente serão úteis em eventuais investigações ou disputa bancária.
Como evitar o Golpe do Pix Errado?
A recomendação principal é: desconfie de qualquer mensagem que peça devolução de Pix, especialmente se vier de desconhecidos ou vier com tom de urgência. Essa é uma tática clássica de engenharia social.
Se o golpista já entrou em contato, verifique seu extrato bancário e confirme se o envio realmente foi creditado. Em caso de dúvidas, contate o banco. Nunca devolva valores por meio de transferência direta para outra chave Pix indicada o correto é usar a função devolver no app, que envia o valor à conta original e restringe tentativas fraudulentas.
Também é importante evitar expor dados sensíveis nas redes sociais, como chave Pix (sobretudo CPF), nome completo ou telefone, essas informações permitem que criminosos personalizem o golpe. E, sempre que possível, monitore seu extrato e fique atento a qualquer movimentação atípica.
Com informações Agência Brasil e TechTudo – Foto: Bruno Peres/Agência Brasil


