No mundo corporativo, a inteligência emocional tem se consolidado como uma habilidade essencial para líderes que buscam resultados expressivos e equipes motivadas. A diretora operacional do SAC, Nilza Rios, e o psicólogo Gabriel Reis compartilham suas visões sobre como a liderança pode ser fortalecida por meio de empatia, resiliência e gestão humanizada.
Liderança feminina e empatia no ambiente de trabalho
Nilza Rios destaca o papel histórico e cultural que moldou a liderança feminina, enfatizando que a capacidade de acolher e cuidar pode ser um diferencial no mercado. “A mulher consegue transferir essa capacidade do olhar diferenciado para o ser humano, equilibrando as competências humanas com as técnicas e operacionais. Ser zelosa e assertiva não tem a ver com fragilidade, mas com a força feminina que agrega inteligência emocional e poder de decisão”, afirma a diretora.
Para Gabriel Reis, a empatia, como parte fundamental da inteligência emocional, pode se tornar uma ferramenta estratégica na gestão. “Ser empático é se colocar no lugar do outro, compreendendo suas necessidades. Essa prática fortalece os relacionamentos dentro da equipe e motiva colaboradores ao criar um ambiente de confiança e acolhimento”, explica o psicólogo.
Os desafios da liderança humanizada feminina
Mesmo com os avanços conquistados pelas mulheres no mercado de trabalho, Nilza reconhece os desafios de equilibrar uma gestão humanizada com a entrega de resultados. “Vivemos em uma sociedade patriarcal, mas a liderança feminina tem provado que, ao valorizar pessoas, conseguimos alcançar resultados ainda melhores. Uma equipe que se sente valorizada trabalha motivada, superando metas e entregando o melhor de si”, pontua.
Ela acrescenta que uma liderança humanizada não significa abdicar da produtividade, mas sim criar condições para que os colaboradores se sintam parte do processo organizacional. “É essencial manter um ambiente saudável e harmonioso, no qual todos sintam orgulho de contribuir para o sucesso do negócio”, reforça.
Características da inteligência emocional na liderança
Gabriel Reis lista as principais habilidades emocionais que contribuem para uma liderança eficaz: autoconsciência, empatia, automotivação e resiliência. “Um líder emocionalmente equilibrado consegue não apenas gerenciar suas próprias emoções, mas também criar conexões com seus liderados, transmitindo segurança e confiança em momentos de conflito ou desafios”, salienta.
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O psicólogo também destaca a importância do autoconhecimento como base para o desenvolvimento da inteligência emocional. “Líderes precisam entender seus pontos fortes e fracos, praticar o autocontrole e buscar resiliência para lidar com situações adversas de forma racional e equilibrada”, aconselha o psicólogo.
Impactos na cultura organizacional e retenção de talentos
A gestão pautada no cuidado com pessoas, segundo Nilza Rios, não apenas melhora o clima organizacional como também contribui para a retenção de talentos. “Quando nos preocupamos com o bem-estar dos colaboradores, promovemos engajamento e produtividade. Não basta oferecer benefícios financeiros, é necessário investir na qualidade de vida e na valorização profissional”, avalia.
Para Gabriel, essa abordagem cria um ambiente de trabalho saudável e motivador. “Uma cultura organizacional que coloca as pessoas no centro promove pertencimento e engajamento. Isso, por sua vez, impacta positivamente nos resultados da empresa e na retenção de profissionais qualificados”, conclui.
Desenvolvendo a inteligência emocional
Tanto Nilza quanto Gabriel concordam que o desenvolvimento da inteligência emocional exige prática e comprometimento. Para Nilza, líderes devem buscar o autoconhecimento e aprender a lidar com suas emoções antes de gerenciar as de outros.
Gabriel reforça a necessidade de resiliência: “A capacidade de se adaptar, refletir antes de agir e manter o equilíbrio emocional em situações desafiadoras é essencial para qualquer líder.”
A inteligência emocional, mais do que uma tendência, se mostra como uma habilidade indispensável para liderar com eficácia, compreender e valorizar as pessoas.