Um movimento conhecido como “Anti-Sunscreen” tem ganhado força nas redes sociais ao defender o não uso de protetores solares. Dermatologistas alertam que essa tendência pode aumentar os riscos de câncer de pele e acelerar o envelhecimento precoce.
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Alegações sem base científica
Entre os argumentos apresentados por influenciadores digitais estão possíveis reações alérgicas e riscos associados a componentes dos filtros solares. Como alternativa, adeptos recorrem a cremes caseiros, protetores minerais ou até mesmo abandonam o uso do produto. No entanto, especialistas da comunidade científica e dermatológica reforçam que tais opções não oferecem a proteção comprovada contra a radiação ultravioleta (UV).
Opinião dos especialistas
A dermatologista Dra. Laryssa Faiçal, integrante do Grupo de Oncologia Cutânea, explica que algumas substâncias já foram retiradas das fórmulas, mas isso não justifica suspender o uso:

“A maior causa do câncer de pele é a exposição solar desprotegida. Há evidências robustas que comprovam a eficácia do protetor solar.”
Ela cita o exemplo da Austrália, onde campanhas obrigam crianças a utilizarem protetor em atividades ao ar livre, o que resultou na queda dos índices de câncer de pele.
Dados preocupantes entre jovens
Um estudo do Orlando Health Cancer Institute revelou que um em cada sete adultos com menos de 35 anos acredita que o protetor solar faz mais mal do que o sol sem proteção. A pesquisa mostra como a desinformação, principalmente na Geração Z, impacta negativamente a prevenção do câncer de pele.
Alerta da oncologia
O oncologista clínico Dr. Iuri Santana reforça que:
“O melanoma é altamente letal e os carcinomas causam grande morbidade. Para ambos, a fotoproteção é a principal forma de prevenção, e os filtros solares são essenciais.”
Medidas recomendadas
Especialistas orientam que a melhor forma de se proteger continua sendo:
- Uso diário e correto do protetor solar;
- Chapéus e óculos escuros como barreira extra;
- Evitar exposição solar entre 10h e 16h.