O Ministério da Saúde iniciou a distribuição gratuita de dois novos modelos de preservativos na rede pública: a camisinha texturizada e a extra-fina. A iniciativa tem como objetivo ampliar a adesão ao uso do preservativo, especialmente entre jovens, e reforçar a prevenção contra o HIV, hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

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O uso contínuo da camisinha é reconhecido como método eficaz na prevenção de gestações não planejadas. Os preservativos estão disponíveis em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o país. O acesso é simples: não há exigência de documentos nem limite de retirada, facilitando a proteção da população.

Novidade no SUS: mais opções para estimular o uso da camisinha

Até então, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecia dois modelos: a camisinha externa, feita de látex, e a interna, produzida com látex ou borracha nitrílica. Com a chegada das novas versões, o ministério busca tornar o preservativo mais atrativo e adequado às diferentes preferências da população.

A expectativa é distribuir 400 milhões de unidades apenas em 2025. Os novos preservativos têm embalagens modernas, mas mantêm a mesma eficácia dos modelos já conhecidos.

Queda no uso preocupa especialistas

A estratégia responde a um cenário de queda no uso do preservativo no país, sobretudo entre jovens. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/IBGE, 2019) apontam que 59% das pessoas com mais de 18 anos que tiveram relação sexual no ano anterior não usaram camisinha em nenhuma ocasião. Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 2024, também alertou para a baixa procura de preservativos por estados e municípios brasileiros após a pandemia de Covid-19.

Estratégia de Prevenção Combinada

A distribuição dos novos modelos integra a chamada Prevenção Combinada, que reúne diferentes métodos para reduzir riscos de HIV e ISTs. Entre eles estão:

  • Uso de preservativos e gel lubrificante;
  • Profilaxia pré e pós-exposição (PrEP e PEP);
  • Diagnóstico e tratamento do HIV e de outras ISTs;
  • Vacinação;
  • Ações educativas em saúde sexual e reprodutiva.