O Banco Central (BC) confirmou nesta quinta-feira (24) que 46.893.242 chaves Pix foram expostas de forma indevida, atingindo cerca de 11 milhões de usuários. O incidente ocorreu em uma falha no Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), ferramenta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que conecta juízes ao sistema bancário para cumprimento de ordens judiciais.
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Quais dados foram vazados?
Segundo o BC e o CNJ, foram expostas informações cadastrais dos usuários, como:
- Nome completo;
- CPF;
- Nome da instituição bancária;
- Número da agência;
- Número e tipo da conta;
- Chave Pix;
- Situação da chave (ativa ou excluída);
- Datas de criação e exclusão da chave.
Esses dados não permitem movimentações financeiras nem acessos às contas. Não houve vazamento de senhas, saldos ou transações bancárias.
Quando e como aconteceu o vazamento?
A falha ocorreu nos dias 20 e 21 de julho, mas, segundo o CNJ, o problema foi rapidamente corrigido. O BC afirmou que, apesar do baixo impacto financeiro, decidiu tornar o caso público em nome da transparência.
Dados sensíveis não foram comprometidos
A exposição se limitou a dados de registro. Nenhuma informação sob sigilo bancário foi vazada. Isso significa que, embora o risco de fraude seja baixo, é importante ficar atento a tentativas de golpe que usem seus dados pessoais.
Ferramenta para verificar se você foi afetado
O CNJ informou que disponibilizará em breve um canal oficial para consulta. Não haverá contato via e-mail, telefone, SMS ou redes sociais.
O que é o Sisbajud?
O Sisbajud é um sistema eletrônico que substituiu o BacenJud. Ele permite que juízes consultem informações bancárias e bloqueiem ativos de devedores. Essa ferramenta foi criada para acelerar a execução de decisões judiciais.
Enquanto o canal de consulta não é lançado, redobre a atenção com tentativas de golpe e não clique em links suspeitos que afirmem resolver o problema.