A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou ontem a interdição cautelar da pasta de dente Colgate Clean Mint após registros de reações adversas. A medida tem prazo de 90 dias, conforme previsto em lei, e a Colgate pode recorrer da decisão.

O que motivou a interdição

Entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, a Anvisa recebeu oito notificações relatando 13 casos de eventos adversos, incluindo:

  • Inchaço (amígdalas, lábios e mucosa oral);
  • Sensação de ardência e dormência na boca e nos lábios;
  • Boca seca;
  • Irritação e vermelhidão na gengiva.

A mudança na fórmula da pasta de dente Colgate Total Prevenção Ativa, lançada em julho de 2024, também gerou questionamentos. O produto passou a utilizar fluoreto de estanho no lugar do fluoreto de sódio.

O que diz a Colgate

A empresa afirma que a nova fórmula é segura, eficaz e amplamente utilizada em cremes dentais ao redor do mundo. Segundo a Colgate, o desenvolvimento da nova versão levou mais de uma década de pesquisa e testes extensivos, incluindo no Brasil.

A marca reconhece, no entanto, que algumas pessoas podem ter sensibilidade a determinados ingredientes, como fluoreto de estanho, corantes ou aromas. Nesses casos, recomenda a interrupção do uso, pois qualquer reação adversa tende a cessar.