O Ministério da Saúde publicou uma nova portaria nesta quinta-feira (15), autorizando o uso da donepezila também para pacientes com Alzheimer grave, ampliando o acesso ao medicamento que até então era oferecido apenas para casos leves e moderados.
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A mudança representa um avanço no cuidado com a população idosa e suas famílias, que enfrentam os desafios diários da doença com coragem e afeto.
O que é a donepezila e por que ela é importante?
A donepezila é um medicamento que atua diretamente no sistema nervoso central, ajudando a preservar a memória, a autonomia e a funcionalidade do cérebro.
Com a nova medida, ela poderá ser usada:
- Sozinha ou em conjunto com a memantina (já oferecida pelo SUS)
- Em pacientes com forma grave da doença
- Com foco na redução de sintomas debilitantes, como:
- Confusão mental
- Apatia
- Alterações de comportamento
Quantas pessoas serão beneficiadas?
Segundo estimativas do Ministério da Saúde, cerca de 10 mil brasileiros devem receber o novo tratamento ainda no primeiro ano.
Alzheimer: uma doença que exige cuidado constante
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que atinge a memória, o comportamento e a independência dos pacientes. Ainda sem cura, o tratamento adequado pode:
- Retardar a progressão dos sintomas
- Melhorar a qualidade de vida do paciente e dos cuidadores
- Adiar a necessidade de internação em instituições de longa permanência
Por que a ampliação foi aprovada?
A decisão faz parte da atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Alzheimer e contou com respaldo da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), que apresentou estudos apontando benefícios da donepezila mesmo em estágios avançados da doença.