Uma mulher de 45 anos denuncia um horror inimaginável: em Itabuna, no sul da Bahia, o seu ex-namorado a rendeu com uma faca, a levou para um matagal próximo a um motel da cidade, estrangulou-a, achou que ela estava morta e a enterrou viva. Ao recuperar os sentidos, ela escavou seu próprio túmulo improvisado, ainda coberta por papelão e duas pedras, e conseguiu escapar.

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O caso, registrado no domingo (19), foi relatado à Polícia Civil na tarde de segunda-feira (20), após a mãe da vítima registrar boletim de ocorrência. A vítima conta que teve um relacionamento de onze meses com o agressor, de 40 anos, que não aceitava o fim da relação. Ele disse: “Você acha que eu ia perder a chance de te matar?”, antes de amarrar uma corda no pescoço dela e apertar até o apagamento. Ao acordar, estava soterrada e em pânico cavou até sair.

Internada no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (HBLEM), a vítima recebeu atendimento médico e teve alta nesta terça-feira (21). Enquanto isso, o agressor segue foragido. Já foi decretada medida protetiva para garantir a segurança da mulher, e a investigação permanece aberta.

Este crime brutal reforça a urgência de enfrentarmos a violência contra a mulher e as manifestações extremas de feminicídio no interior da Bahia, onde casos permanecem sub-registrados e a cultura da dominação persiste. Casos como esse reforçam a urgência de enfrentar a violência de gênero que ainda ceifa vidas e destrói histórias em todo o país.

Em situações de ameaça ou agressão, a denúncia é o primeiro passo para interromper o ciclo de violência. Na Bahia, o atendimento pode ser feito pelos números 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 190 (emergência policial). As Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (DEAMs) estão disponíveis em diversas cidades, e em Salvador há acolhimento presencial 24h na DEAM Brotas, além de apoio psicológico e social no Centro de Referência Loreta Valadares.

Com informações do G1 Bahia – Foto: Reprodução/TV Bahia