As mudanças climáticas têm se intensificado de forma alarmante em 2024, afetando diversas regiões do mundo e provocando reações tanto de governos quanto da sociedade civil. Segundo um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura média global já aumentou 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, causando eventos climáticos extremos em várias partes do planeta.
Dentre os fatores que causam as mudanças climáticas, podemos citar o desmatamento florestal; a utilização de transportes que funcionam com combustíveis fósseis, já que emitem altos índicies de dióxido de carbono, desencadeando o efeito estufa; a produção de alimentos que também gera emissões de dióxido de carbono, metano e outros gases do efeito estufa; o excesso do consumo, a fabricação de produtos, dentre outros. O aumento das temperaturas a longo prazo muda os padrões climáticos e perturba o equilíbrio da natureza e a relação que temos com ela.
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Entre janeiro e setembro de 2024, países como Brasil, Estados Unidos e Austrália enfrentaram incêndios florestais devastadores, secas prolongadas e inundações significativas, afetando milhões de moradores e comprometendo a agricultura e a infraestrutura local.
Brasil: desmatamento e Amazônia
No contexto do Brasil, a Amazônia enfrentou um aumento no desmatamento, marcando um alerta para ativistas ambientais e autoridades. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelou que a taxa de desmatamento cresceu cerca de 30% em comparação ao ano anterior, evidenciando uma tendência preocupante que é impulsionada pela expansão agropecuária e pela exploração irregular de recursos naturais. Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, declarou: “É urgente que medidas eficazes sejam implementadas para garantir a preservação do nosso maior ativo ambiental. Estamos buscando parcerias internacionais para conter esse avanço devastador”, alertou.
Estados Unidos: furacão Eléctrica
Nos Estados Unidos, o furacão Eléctrica, que atingiu a costa do Texas em agosto de 2024, causou danos estimados em 15 bilhões de dólares, afetando a vida de milhares de pessoas. O presidente Joe Biden trouxe à tona a necessidade de um investimento maior em infraestrutura resiliente ao comentar: “Precisamos reconstruir mais forte e de forma mais inteligente, para que possamos suportar o impacto de futuras catástrofes naturais”, disse. Além disso, a situação desencadeou um debate acalorado sobre a relação entre políticas energéticas e a sustentabilidade ambiental.
Austrália: incêndios florestais
Na Austrália, a temporada de incêndios começou mais cedo este ano, resultando em milhares de hectares de floresta consumidos pelas chamas. O Primeiro-Ministro, Anthony Albanese, declarou estado de emergência em várias regiões afetadas, destacando a importância de uma resposta rápida e coordenada. “Estamos mobilizando todos os recursos possíveis para proteger nossas comunidades e nossos ecossistemas. É uma luta que não podemos perder”, afirmou.
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Desafios
O aumento na frequência e na gravidade dos desastres climáticos em 2024 levantou questões sobre a eficácia dos acordos internacionais de mitigação de mudanças climáticas, como o Acordo de Paris. Especialistas pedem uma revisão dos compromissos atuais dos países e uma aceleração na transição para energias renováveis.
A previsão é que, no próximo encontro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), haja um clamor pela adoção de metas mais ambiciosas e pela responsabilização dos países desenvolvidos em relação à dívida climática com nações em desenvolvimento.
Diante dos desafios crescentes, o futuro requer um esforço conjunto para frear os efeitos adversos das mudanças climáticas, bem como um compromisso renovado com a proteção do planeta para as futuras gerações.
Com informações do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas; Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; Greenpeace; CNN; Agência Brasil